sexta-feira, 22 de maio de 2015

Atreve-te


O quente da língua que te empresto
É a permissão que dou
Para que te atrevas mais.
O decote que quedo e que te dou à vista
É a permissão para que te intrometas
Que te metas comigo,
Que meta comigo
Uma horas dessas que o tempo fornece.
O olhar que te cata,
Esse olhar que desacata
Que é risonho e inquietante,
É a permissão que te dou
Para que me sejas amante
E de meus delírios
E que me ofereças lírios e mais, sempre mais.
A postos estou, aqui, entre teus anseios,
E se me buscas, não te envenenem medos e esperas,
Pois que estou aberta,
Feita em pétalas
Toda cheirando a prazer de ser
De dar, dedilhar tua carne,
De entrever teu olhar
A espreitar intimidade,
E me ver
Gemer baixinho e dengoso.
Se te inspiro essa fome
É que quero bem gostoso.
Se as dicas se põem a ti
É que quero-te dar a mim
Sem restrições, e pronto.

Gabriela

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