terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Tormento de amar


O amor deveria ser leve, meu caro
Não precisa ser vaso quebrado
De dor irremediável
Separando duas almas
Essas almas e esses corpos apaixonados
Querendo prazer e satisfação
Buscando em suas noites mal dormidas
Um tanto só de animação
Para essa vida tão igual
Mas nesses quadros todos que te apresento
Por que o amor é só lamento?
Por que não contamos outra história?
Por que mesmo os amantes
Se amam tanto, mas covardes
Não escrevem, lancinastes
O gosto bom e imortal de suas memórias?
Por que se deixam atrapalhar
Nos caminhos plantam ervas daninhas
Em vez de aguar rosas fresquinhas
Como fazem quando se encontram vez e outra
Numa cama, se chupando, paixão louca
A aguar a flor entre a perna
E o pau tão grosso e viril?
Por que esse amor é tão vil?
E não busca porta de casa arejada
Não busca casamento sem faxada
E paixão livre mesmo entre paredes?
Por que esses amantes
São pouco eles
E morrem de medo dos outros demais?
Aqueles que podem julgar?
Apontar seus dedos para os casais?
Que se danem os outros
Que morram seu jugos
Apontemos pra eles nosso gozo
Apontemos pra eles nosso prazer
E vamos deitar em cama macia
E no outro dia, beber e comer
Sair a passear
De mãos dadas a andar
E mandar todos se foder
Esses que morrem de inveja da foda boa
A foda que só os amantes impossíveis podem ter
Contradição maldita esse do amor...
Bastaria que viesse sem torpor
De verdade se instalasse e ficasse
Não fosse e voltasse
Isso maltrata os corações
Larguemos nossas razões
E deixemos o amor fluir
Misturado ao encanto brutal das paixões
Pernas, bocas, 
Sexos e coxas
Línguas, salivas, lascivas e trôpegas
Caminhando pelos corpos entorpecidos de desejo
Deixemos que morram de tédio os medos
E vamos a nos amar inteiramente
Sem esconderijos
Sem cinismos e cravejados de apego.

Gabriela


domingo, 4 de novembro de 2018

Encontro de peles


Quando as peles se encontram
O idioma que se entende
É de prazer que avança
As regras  de contenção
As peles se falam
Obedientes ao som do coração
E o desaguar disso tudo
É quando as bocas já estão juntas
Sem precisar de palavra
Ou discurso algum
O que ecoa é só o tom
Da paixão fervente
Que se aloja todo
Na cama quente
Nos travesseiros revoltos
Nas mãos inquietas
E respiração por um fio
Quando as peles se encontram
Encontram-se também os desejos guardados
As fantasias esperadas
E as fomes mais vis
E se quebram os tabus
Se colocam os corpos nus
Sem veste alguma pra contar história
Agora é só suor
Saliva e fluido de quem goza
Goza muito em homenagem ao amor
Em tributo às paixões humanas
Às línguas diversas
A dizer safadezas
A lamber e a chupar
Línguas espertas
Que não se privam de molhar
Os caminhos mais incautos do prazer
Porque quando as peles se acham
Quando elas se encaixam
O resto todo se perde 
Para se satisafazer

Gabriela

domingo, 19 de agosto de 2018

Apreciação


Eu te aprecio, amor
Como um bom vinho
Suculento ao meu paladar
Toda a vida tem sopro de glória
Se tua presença vem
Eu te quero, meu bem
E te faço agrados 
Porque te amo
Demasiado
Porque te desejo
Te busco e te espero
Tudo de ti é agradável
Teu falo
Membro grosso e ereto
Que tem bom o gosto
No momento que nele vou
Tudo em ti tem aroma de amor
Tem cor alegre
E sedução
Eu te aprecio
Cada dia mais
Porque contigo tenho
A melhor emoção
O beijo mais atrevido
O gozo mais invasivo
E o gemido sem contenção

Das noites todas que já passei
As melhores visitei ao teu lado
Para sempre
Eu te aprecio, meu amado.

Gabriela


segunda-feira, 18 de junho de 2018

Pelo gozo de todas as mulheres


O mundo se anima no gozo das mulheres
Elas fazem o mundo sorrir um tanto mais
Há questões sim
Há pedras, claro
Mas quando as mulheres gozam
Elas reclamam menos
E há mais coragem para os encalços
As mulheres precisam do rubro nos lábios
Daquela palpitação boa que dá
Daquele formigamento nos pés
E das borboletas alvoroçadas no estômago
Precisam daquele respirar ofegante
Da sensação de que a outro mundo se vai
Do desconectar com o chão
Com a Terra
E ir num céu que não se sabe
Não se vê
Não se dá pra lembrar
As mulheres precisam gozar
E sentir suas pernas tremerem 
De um nervoso bom
Aquele nervoso desejado
E buscado repetidamente
As mulheres precisam orvalhar
De suas flores deixar descer o sumo do prazer
E gemer
Gemer alto
Como se o mundo fosse espectador atento
Mas como se nada importasse
As mulheres precisam descer da altura de seus medos
E encostar nas possibilidades que estão perto
No seu corpo
No seu sexo
Nos seus líquidos
Nos seus cheiros
Precisam acariciar aquilo que é seu
E de mais ninguém é
Conquanto que se trate à base de muito amor
As mulheres precisam sentir mais prazer
Menos dor
Tatear a abóbada de seus desejos
Que mais próximos estão de seus dedos
E fazer festa lá por baixo
Onde mora a teoria clássica do auto prazer
E dizer sim
E se culpar menos
E se apropriar da própria pele
Entregue a elas desde o nascimento
As mulheres precisam amar mais suas curvas
Ou a falta delas
Precisa coroar seus pelos
Com o gozo que aos poucos se revela
E ter domínio de seus músculos
De seus movimentos
De suas estratégias
E gostar do que vê no espelho que não quebra
Que é aquele do auto-amor
Amar-se não quer dizer não amar mais ninguém
Mas amar-se tanto a ponto
De estar pronto 
Pra amar alguém
E com ele gozar
Entregar o céu dantes já visitado
E encaminhá-lo pelo chão já pisado
E avistar junto o céu do qual não se sabe nada
Além daquilo que se sente
E com ele depois ficar dormente
Com o corpo já cheio de sensações divinas
E alma cheia de carícias e lambidas
E toques e retoques de um gozo bom e merecido
Por todas as mulheres em suas vidas

Gabriela

domingo, 10 de junho de 2018

Corações separados


Meu amor,
Nosso amor está quieto,
Deixemo-lo se acalmar.
Assim, e só assim
Teremos paz
E poderemos continuar
Deixemos que as coisas voltem
À normalidade que um dia houve
Deixemos que as feridas sarem
E que nossos corações se perdoem
É preciso seguir a vida
Deixar o vento soprar 
E as folhas irem ao chão
É preciso não machucar
A delicadeza de um coração.
Vamos sentar e conversar
Sobre outros detalhes do mundo
Vamos ouvir o destino
Que não nos que ver de algum modo juntos
Vamos agradecer pelo nosso amor
Pelo tempo que compartilhamos
Pelas carícias, pelos beijos
E pelas risadas que gargalhamos
Foi tudo bom
Não há remorso
Apenas deixemos que o tempo passe
E que cure a saudade
Dos momentos que foram nossos.


Gabriela

sábado, 2 de junho de 2018

Desejo


Eu quero mesmo é que não pare
Continue com vontade por esses terrenos que buscou
Nessas preliminares vá em frente
Pela frente ou por onde for
Vá com calma, mas não sem fome
Quero mesmo é tua virilidade de homem
Quero mesmo é que me desmonte
Nesses teus recursos de amor

Ah! Eu desejo imensamente
Essa tua língua, essa tua mão benfazeja
Que por entre minhas pernas vem fazer danação
É delicioso o sentimento que sinto
Esse respirar longo, esse grito
Que ecoa por fora além do portão
Eu desejo é anunciar a todos
Que cá dentro se faz o gozo
Que é bom demais pra ser dito não

Digo sim, venha logo até antes da hora
Se despreparada estiver
O que mesmo importa?
Só entre e cumpra o dever de me amar
Só entre e sinta que lá fora não há nada
O mundo todo parou pra escutar
Nosso amor se fazer
Quero mesmo é que me tome em posse tua
E estando completamente nua
Afirme o prazer de nessa hora ser mulher

Gabriela


Nome tatuado em cor rubra na pele minha


Teu nome é tatuado em mim
Todo o meu corpo tem a tinta rubra do teu amor
A delicadeza dos traços
Mistura-se à força do impacto do teu amor
Teu nome ecoa
Ecoa junto aos sons de nossos gemidos
E sussurros nas horas de entrega
Teu nome é pedra
Irremovível
É veste que não se tira
Pela pele se aviva
Sempre
Teu nome vem à memória
Junto à agonia da saudade
Ah! Essa saudade! Essa distância
Essa estrada longa
Esse grande hífen
Teu nome vem doce como uma virgem
Mas avassalador como uma dama
É caso do acaso
Que naquele ano me ocorreu
É marca do abraço que naquela noite me deu
É rastro do beijo que você não escondeu
É romance, é drama
E eu vou revisitando cada imagem
Fotografada e arquivada na mente
Nós dois em desejo intermitente
Inquietação dos membros colados
Redemoinho dos olhos cerrados
A sentir todo o prazer do teu nome com o meu
Teu nome é veia que corre crua
É fissura, doçura, amargura desse constante adeus.

Gabriela

domingo, 27 de maio de 2018

Temos todo o amor do mundo


Deixa, amor
Que esse silêncio enfim tome de conta
Vamos aqui só nos abraçar
E deixar que o tempo passe
É assim perto da tua respiração
Sentindo o cheiro da tua boca
Que gosto de ficar depois do gozo
Tenho tudo que quero
Não peço mais
Já me basta ter te possuído
Está de bom tamanho te ter aqui
Nem lembro quais problemas tenho
Mais tarde recordarei
Agora...
Agora eu só quero ficar
E ter tuas mãos correndo pelos meus cabelos
Só quero apertá-las e sentir-me seguro
Todo o mundo pode continuar
Eu ficarei
Só me dê mais umas horas
Não importa a conta a pagar
Temos todo o amor do mundo.
No teus seios eu já fui recompensado
E no teu sexo eu já provei toda a delícia
Valeu a pena
Sempre vale
Não é todo dia que se tem um sonho realizado
Então deixa correr
Que cá dentro eu descanso no teu abraço
Cá dentro o cheiro do teu orgasmo vale mais
Cá dentro essa tua pele me reconforta.
Deixa, amor
Esquece que bem ali há uma porta
E que por ela nos iremos separar.

Rômulo Andrade

Somos um só e acasalamos


Quando te encontro o universo inteiro é meu
Nada mais de guerras existem
Nada mais de medos
Só existe você e eu
Nossos olhos denunciam a paixão que mantemos
Nossas mãos não se aquietam
Somos nós dois entregues ao desejo infindo
E nossos corpos completamente  imersos
Tempero de amor derramado sobre a boca
O perfume exalando do nosso suor
Pelo chão se espalham peças de nossa roupa
E no espelho no teto, o reflexo melhor
Teu corpo encravado no meu
Em movimento incessante
Nossos beijos sorvendo a saliva inebriante
Somos um só e acasalamos
Somos parte da pele do outro e nos amamos
Eu não sei quem sou além do que sou contigo
Eu posso ser tu e tu ser meu abrigo
Tu podes ser eu e eu ser teu sorriso
Podemos encontrar o oásis no perigo.
Uma taça de paixão me ofereces
E dela me embriago
Goles de lascívia e já não sei mais onde paro
Não sei se estaciono no teu peito e durmo
Ou se sigo no teu membro a sorver do suco
Não sei se me acalmo sobre tuas costas e suspiro
Ou se deixo que me carregues sem preparo e sem aviso 
Por estas ancoragens da tua alma e do teu corpo
Só quero que da tua essência sempre me garanta o gosto
Pois que amo tanto a ti
Amo a ti e não é pouco.

Gabriela

quarta-feira, 14 de março de 2018

Ato de amor


Olhos nos olhos
Nossos hálitos tão próximos
É como começamos o nosso sexo
Você me deseja
Me olha, me toca
E aos poucos me revelo
Por entre as pernas
Ela vai pulsando devagar
Com pouco tempo
Ela já vem a derramar
E teus beijos
Vão percorrendo o corpo inteiro
Quentes, envolventes
Eu vou pedindo mais
Impossível não passar da conta
Eu vou querendo mais
É assim quando se ama
E teus lábios
Chegam lá por baixo
E minha pele arrepia
Misto de ansiedade e alegria
Carinho e prazer
Tua língua levemente me descobre
Vai de modo muito nobre
Me fazendo derreter
E eu me acomodo na tua boca
Ali você mata sua sede
Bebe do meu orvalho
A língua vai e vem como se deve
Deixando o botão eriçado
Ele pede mais, eu peço mais
Me chupa
E você obedece
À minha rosa enrubesce
Já ela completamente nua
Já ela completamente sua
Dois dedos vão a brincar por dentro
Vai e vem
Puxando intenso
Ao mesmo instante que me suga a vulva
Eu vou ao céu
Gemo alto e tremo
E a gente toda escuta
Mas amor, o certo é que não pare
Não pare até que eu desmaie
Até que eu me cale
Até que eu acalme
Inteiramente
Até lá, não pare
Me chupe intensamente.
Minhas mãos na tua nuca
Olhos cerrados
Mente confusa
Não sei o que pensar
O corpo todo em pleno êxtase
Minhas boca enribesce
E eu só quero gozar
Na tua boca, matar tua sede
Na tua face, deixar-te molhado
E esse meu prazer, esse orgasmo
É só um pouco do que sentirá
Ainda te tomarei como açoite
O membro eriçado varando a noite
Será tão meu enfim
Jogando teu sumo, profundamente
Jorrando amor, tão loucamente
Lá pelas entradas de mim.

Isso é amor. Sim, meu amor.
É amor sim.

Gabriela

segunda-feira, 12 de março de 2018

Convite de amor


Ei, amor
Convido-te a ter umas horas comigo
Ao pé do ouvido deixa eu dizer coisas
Direi respirações de desejo
E direi hálito de amor
Ouvirá não palavras, apenas,
Mas ofegância em poema
Perpassando pelo corpo inteiro
E ressoando perto de teus cabelos
Arrepiando os teus pelos
Eriçado o teu membro
Deixando-o pronto para mim
E eu quero
Farei dele meu aperitivo
Nessa cama, te deixarei rijo
E terei tudo só pra mim.
Convido-te a divertir-se um pouco
Larga essas pastas, os teus ouros
Larga os porquês e só vem
O motivo é um só
Eu... nua. Linda e fogosa sobre lençóis
Perfumada e livre
Sem amarras e firme
Certa de que quero devorar-te
Com essa minha capacidade
De desejar muito prazer
E assim que chegares
Irei te receber sobre saltos
Nua por baixo
Já cuidada no ponto
Para que teu sexo me encontre a pouco
E me regue fartamente
A deixar escorrer depois 
Toda tua essência branca
Pelas pernas bambas que me deixará haver.
Ah! amor!
Se fores mais astuto
Saberás que o mundo todo não será mais mundo
Quando o nosso se construir
E que só alegria brotará pelos ares
Pelos céus e pelos mares
E por nosso corpo em pleno desfalecer
Se fores esperto não tardará essa alegria
E me trará tua verga linda
Pra que nela eu deixe minha esperteza
Para que nela eu renove minha beleza
Ao deitar, impetuosa, o meu prazer.

Gabriela