sexta-feira, 6 de novembro de 2015

"O amor físico é essencial"


Dizia o poeta então
Que o amor físico era essencial.
E de fato que é sim, meu bem,
É essencial.
Não duvido um nada,
Nem um sopro sequer
Pois que destes territórios meus
Posso com propriedade falar.
Se neles me falta
A presença intensa do membro viril,
Ponho-me rápido a divagar
A sentir-me seca demais pra viver no mundo.
E se me faltam ainda mais os beijos,
E se me faltam os ensejos
De vir aqui a tomar-me,
Encontro-me rápida a suspirar impaciente
Para que a demora logo passe.
Logo se vá.
E se tuas palavras baixinho
Bem próximo ao ouvido
Deixarem de soar,
Logo imensa saudade invade a alma
A inquietude, a falta
A tua falta,
Do teu amor físico
E de tua capacidade de deixar-me feliz
Radiante e viçosa.
O poeta não errou,
Nem erro eu em dizer
Que essas horas longas de solidão
Nesses territórios meus
Fazem-me menos bela e satisfeita.
Portanto, não esqueça,
Tens compromisso inadiável
Para com meus lábios
Meus impulsos, 
Meus domínios
E o corpo inteiro que te impele o trato.

Gabriela

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