quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Ponto final


Eu não sei o que escrever
Assim de cara é tão difícil
Dar conta que o amor acabou
Que essa porta na cara foi tão forte
Perder teu amor para a distância
Para a segurança dessa novela
Que mostras para o mundo
Perder teu amor assim
De um dia para o outro
Num momento escuso...
Não minto que o coração parte
Em mil pedacinhos
Nos quais me corto e sangro
A alma se acabrunha
E aquela tão linda esperança 
Vai embora voando com a lembrança tua
Eu te quis um dia tão meu
Eu te tive entre os braços tão meu
E achei que a felicidade
Fosse aquele retalho de encontro
Que tínhamos vez e outra
Eu não me dava conta
Que minhas contas não batiam
E você... você era agonia
Penetrante, incessante
Quase eterna
Mas eu te queria mesmo assim
Gotejando no meu corpo o teu suor
Regando minha boca à tua saliva
Orvalhando meu ventre com teu amor
Tão quente, que corpo abaixo escorria 
O amor ia e vinha
Nossas noites, nossas fomes postas à mesa
Olho no olho feito fera e presa
A gente era... a gente era
E eu não queria defesa
Mas agora, eu não sei como te chamar
Te chamo de amor?
Te chamo pelo nome?
Ou não te chamo?
E como amo aquilo que não posso amar?
E como agora posso querer
Aquilo que não posso ter
E nos meus braços estreitar?
Como será essa vida
Sem te perceber de modo algum?
Pedistes para não mais falar
E eu calo por compulsória
A vida me coloca esse não a ressoar.
Não posso. Não devo.
Mas como posso apagar o que está fincado?
Eu não sei....
Apenas sei que o que escrevo é confuso
Desequilibrado
Tanto quanto esse instante em que
Não devo pensar em ti e penso.
Eu penso...
E por dentro me rasgo os sentimentos.

Gabriela

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