domingo, 22 de maio de 2016

Dorme no teu lugar a saudade


Essa saudade imensa, amor
O que faço com ela?
Ela teima e não me deixa
Para além
Caminhos longe
Ela teima e comigo deita
No teu lugar se põe e dorme
Incomoda
Chega a doer
Maltrata
Saudade dos momentos 
Em que me amavas
E me tomavas como parte tua
Em teus braços
Me acomodavas nua
E de mim cuidavas em tuas mãos
Com carinho nos olhos 
Era a mim que miravas
Com molhado nos lábios
Era a mim que beijavas
E era bem perto de minha alma
Que ressoava teus sons de amor
E teu prazer
Era em minha pele que banhavas
Com teu suor
Era em minha cama e em meu chão
Que derramavas de ti o melhor
Os teus gozos intensos
Os quais em mim espalhavas
Com delicadeza e sensualidade
Em meu sexo 
Massagem
E após...
E após...
Nos seios e nádegas sensíveis
Tuas mãos iam de amor
Bem lisas
E me rodeavam.
Era nos meus olhos que olhavas
Era em meu corpo que encaixavas
Tão bem e sem deslizes.
Por isso, amor, a saudade
Essa persistente saudade
Que não vai embora,
Que se demora
No teu lugar se acomoda 
E me deixa infeliz.

Gabriela


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