sexta-feira, 31 de julho de 2015

Alma inquieta


Minh'alma inquieta 
Desperta em meio madrugada fria
E esguia, coberta em panos translúcidos
Te procura
Vasculha o que possas oferecer 
Nessas horas de quietude tua
Mas minh'alma
Agitata, não quer depois
Quer agora, pois que fumega o corpo
E morre a escuridão
Tão logo seremos cobertos pelo sol
E então
Seremos tragados pelo dia louco
Por isso quero mesmo a noite fria
E esquentar a alma em teu corpo
Uma dose de teu gosto
E umas gotas de tuas correntes
Me levarão à tua quietude
Serena e paciente
Desta feita entrarei pelos raios
De alma calma
Se agora em ti deságua
A chover nos teus sentidos
Mata
Mata esta noite fria comigo
Açoita estas horas mudas comigo
Mata
A calafrios

Gabriela

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