sábado, 5 de dezembro de 2015

Me desate e só


Não se importe com meu nervosismo
E esse meu estar sem jeito
De fato o novo me tira o equilíbrio
Mas se bem souberes
E se trouxeres aconchego
Logo me encaixo de jeito
Nos teus domínios
Mas me desate com beijos e mimos
Diga-me coisas
E me arranque suspiros
Jajá o meu nervoso vira memória
E rápido te mostro
Minha arte de amar
Gosto da liberdade a mim doada
Para que eu possa enfim me apresentar
Sou de sensibilidade irreconhecível por vezes
E me cativo por amor em demora
Essa demora dedicada aos toques e lambidas
Mãos invasivas mas concebíveis
Bocas decididas e imprescindíveis
Pau na boca por tempos infindos
Cavalgar depois
Até alcançar estrelas
Depois de liberta
Sou libertina
E nenhum nó em mim se mantém
Por isso não ligue para a minha ansiedade
Só me desate
E me leve além.

Gabriela

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