sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

A arte do amor solitário


É arte e amor também 
Quando do desejo incontrolável
Ela sozinha se encontra consigo mesma.
É arte e é conhecer os detalhes
De onde e como o prazer flui.
Controle de respiração.
Ou não.
ah.... ah.... ah... uhn.
E delicadamente os toques se permitem.
Pontadas nos pés, meio frias,
Vão se estendendo pelas pernas
Ao passo que as deixam trêmulas.
Olhos se fecham... imaginação voa,
Mas fica. Fica ali que é seu lugar,
Junto à dona.
ah... ahh... aaaah. Ó, meu Deus.
E dedos lindos molhados
Ora numa boca ora noutra
Se movem, em círculos, onde melhor se sente.
Em círculos se movem os dedos
E os olhos que se perdem na escuridão
Do imperceptível.
Porque já é agora só gozo.
Só gozo... rios a embeber lençóis,
Tão docemente, 
Tão fino o líquido.
Sem o eles ou nós.
Só ela, sozinha e só ela... trêmula.
Olhos fechados permanecem e dormem porque é preciso.

Gabriela

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