sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O perfume


Exalas toda o perfume do banho tomado
Nessas águas de colônia
De valor barato
Mas que importa isso
Se quero mesmo outro cheiro?
Exalas com tal sensualidade
Que espreito meio covarde
Já com visíveis sinais de ereção
Essa tua silhueta nua
Pele branca, crua
À espera de uma convulsão final
Penetração total
Com cajado engajado e nada temeroso
Ah!! Exalas teu cheiro 
E então fico louco
Desnorteado da vida
Aqui dessas cortinas que a todas quero rasgar.
Exalas teu cheiro de valor medíocre
E eu mesmo míope
Daqui te apreendo no olhar
E como é bela a criatura
Com essa doce bunda
A me responder de lá.
E como quero, e como quero
Tomar pra mim esse corpo
Esse cheiro, essas pernas
Essa escultura, essa bela
Menina donzela desvirginada.

Rômulo Andrade

Nenhum comentário:

Postar um comentário