sábado, 10 de janeiro de 2015

Quase morte do corpo


Nenhuma sensação mais intensa
Que essa de sentir o corpo em fragmentos,
Sentir calor misturado a frio,
Dor misturada a carinho,
Murmuros e silêncios,
Cansaço e relaxamento.
Nenhuma sensação mais incômoda
E mais desejada, mais veneno,
Nenhuma mais que essa
É de nos levar ao tudo e ao nada
Em um só momento.
É de se querer sempre mais,
A morder os lábios e fechar os olhos,
Revirar os olhos, tremer.
Nenhuma mais profunda e furtiva,
Sensação esquiva, que não fica
Mais que alguns segundos
A quase padecer.
Comparável ao que não se compara,
Pelo fato de ùnico ser.
É a desorganização iminente,
De onde da mulher correm rios
E do homem, afluentes.
E se podem ver dois corpos
Sem adorno algum
A se entrelaçarem no nu
Onde os beijos e os desesperos
Do corpo são reais.
Nemhum mais,
Nenhum momento é tão forte,
Um quase morte,
Se de sorte e paixão se vestir a dama e o cavalheiro.


Gabriela

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