sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Soneto do amor negado


Se proibirem o amor, se o tentarem
Se leis surgirem e o ilegalizarem
Digo que fora da lei estarei
E jamais desamarei os corpos que se desnudarem.

Se prenderem o amor, se o cuspirem à face
Se o julgarem e condenarem
Digo que, apaixonado, o acolherei
E jamais abandonarei as bocas que me oscularem.

Não negarei um só sexo
Feminino e perfumado
Não me esquivarei, isso jamais.

Estarei rijo em indestrutível império
Sempre forte e insaciável
E no amor cavalgarei, só morrendo em seus anais

Rômulo Andrade

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