sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Pomar


Olha a fruta que pende
Da eterna macieira.
Sombreia os teus seios
Sob a árvore do pecado.
Eu insisto em  não ceder,
Mas já me surge o fato
Reto, duro. Desejo
O teu fruto entre as pernas.
Proibido. Que seja,
Por nosso suor escorrem os sumos. Por tua boca
vaza a saliva. Lambuza
O meu peito vacilante
Lambuzo o teu ventre
Pelo meu leite, escorre
Da tua fruta, sob a sombra
Cadente de uma macieira
Eterna.

Almar Olímpio (convidado)

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