segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Amor de carne


O corpo permite tantas coisas
Choques elétricos e tantas coisas
Enchurradas e outras coisas
Permite a percepção de um mundo diferente
Nu, descalço, louco
Um mundo em que tão poucos pousam
Nem ousam
Não amam o amor de carne
Que de flores e falos se compõe
E que em gotas de prazer se decompõe
E sobre os lençóis ou chão desatinados se recompõe
E de novo vai
Entre as curvas e as pernas
Mãos e bocas sem freio, vai
Sem respeito, vai
Sem medo.
Nem todos podem ou se permitem
O amor de carne que o sonho grita
O mundo velho o maltrata
Faz de sua geografia o pecado
Mas os poucos que se deixam e se levam
Amam e nem se lamentam
Porque eles voam
Eles levitam
Eles vão
Eles vem

E se completam.

Gabriela

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