quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Por tua pele a língua deita


Onde queres minha boca?
Onde queres?
Diga-me que eu ponho e recrio teus prazeres.
Onde queres que eu te chupe,
Onde queres?
Nos lábios ou na vulva,
Nos seios ou na nuca,
Onde preferes?
Diga-me tuas vontades,
Farei todas com desejo imenso,
Deixarei teus pêlos arrepiarem na pele,
Diga-me onde queres
E realizarei teus intentos.
Diga-me onde queres
E me entregue esta cavidade
Abençoada do mundo.
Abra-te a meu órgão 
Que mesmo agora te faz insultos,
Não me negues.
Não me negues.
Não há sentimentos impuros,
Há corpo e espírito a ficarem confusos
Nesse meio claro escuro
Que nos embebe.

Rômulo Andrade

Um comentário: